terça-feira, 23 de julho de 2013

Animus necandi

Põe as mãos nas memórias e chora, e se pergunte entre os soluços por que a vida teima em bater e machucar.
E os olhos que de tão marejados não enxergam mais futuro, pois planos são voláteis, e a esperança é sorrir e falsear.
A cura vira uma busca calcificada em pedras paleolíticas, castigadas pelo tempo e pelos golpes de picaretas.
E o vazio volta, ele sempre volta, e toma conta de tudo.
E as ferramentas são guardadas para voltar a enferrujar o castigado metal, e a madeira começar a apodrecer.
Dor injusta e trapaceira, por que seu sabor é mais doce que o da paz?

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