terça-feira, 11 de março de 2008

Passiflora

É aquela, a flor de maracujá

a textura macia contrasta com o sabor agridoce

doce e sincero, sincero talvez demais.

Como ela gosta da paz judiar.


Não cabe em um buquê qualquer,

suas cores agridem aos olhos,

suas formas pertubam as outras flores

seu perfume salta demais.


Se enrosca nas plantas, agarra e aperta

Prefere se ferir a largar

provoca um frizón no jardim

Se enrola toda, até cansar.


No beijo do sol, exala seu perfume sem reclamar

Agridoce, de maracujá

Mas é a noite, só a noite que adora.

E na noite que prefere acordar.


E se enrola, como se enrola essa danada a dançar

Mas é carinho apenas, mal mesmo não faz

Mas como é carente...essa flor de maracujá!







segunda-feira, 10 de março de 2008

Moonlight

Perdida em um caminho

Onde as rochas se movem

Respiro fracamente

Como um anjo que definha.


Colho a ultima rosa do mundo

Ofereço-a aos deuses

Danço em imortais tumulos

Onde ninguém nunca chorou.


Assisto o sol morrer lentamente

Onde a luz perdeu o poder

Por que eu sempre te vejo chorando?

Por que na vida se perde tanta esperança?


Vejo o céu tomar vida

Quando te entrego a luz da Lua

Olhando as formas nas sombras

Negando os dons desses sussurros.


Sento numa pedra e observo seu rosto

Desenhado na lembrança da minha própria solidão

Retiro dos olhos um pesado véu,

Por que eu nunca te ví chorando?


Tento viver e seguir em frente

Levando a luz da minha alma

Bebendo lágrimas que um dia derramei

Na paz que atravessa essa noite.


Caio no meu último desejo

E nego o luto da sua vida

Procuro um lugar onde não há mais tristeza

Ascendendo na clara luz da Lua.