quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Desequilíbrio

Gemendo, escorregando, caindo.
Quando no tempo nossas bases pareciam sólidas.
E o verde dos seus olhos me dava conforto.
Como um leito de musgo macio e perfumado.
Onde cabiam dois, eu e eu.

Gemendo, escorregando, caindo.
Quando no espaço perdemos nossas auréolas.
E o branco de suas asas me trazia proteção.
A cada pena perdida, uma fisgada.
Calor e dor, amor e penitência.

Gemendo, escorregando, caindo.
Quando na alma nossos sentimentos não choravam.
E nas faces nossas lágrimas eram de um só tom.
Transparecendo o rubor que acompanhava teu sorriso.
E o gosto salgado que só as coisas boas não tem.

Gemendo, escorregando, caindo.
Quando a memória soletrou saudade.
E o negro dos seus cabelos trazia a noite.
Que continuava alí, sempre que teu cheiro surgia.
Onde o tempo existe para ser usado.

Gemendo, escorregando ou caindo.
.

5 comentários:

Anônimo disse...

Iuuuu
não sabia que tinha uma amiga poeta...
Que orgulho! =)
Sério, adorei o poema!

Um beijo

Raphy

Anônimo disse...

É pra gozar?
Do poema =) rs.

larissa azevedo disse...

não, eu não escrevo poemas...

palhacinho gozado...

kkkkkkkkkkkkkk

=P

Sérgio Caetano disse...

Gemer, escorregar e cair.Perfeita combinação flor de maracujá....

Muito bom.
Xero

Anônimo disse...

gemidinha ne?

nhammmmmmmmm