Te amo do nosso jeito insone e bizarro de amar. Que muitos estranham e ridicularizam, mas nas mesmas armadilhas do insano tendem a também amar.
Te amo calada como quem costura retalhos, e se tu és feito de retalhos, que seja um deles o meu coração.
Te amo como a corda ao enforcado, como um bêbado ao descaso, como coisas que se atraem sem pensar.
Te amo amando teu silêncio, teu calor e o respeito a minha fuga e a minha fúria, que é apenas mais uma forma de amar.
Te amo inquieta como vidro quebrado e cristal facetado, como ervas amargas e venenos em cápsulas.
Te amo afogada em gritos. Como poeira em espiral, tempestade e temporal.
Te amo oblíqua, como frase inacabada, como caderno desfolhado, como tinta indelével.
Te amo inexistindo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário