sexta-feira, 8 de abril de 2011

Fausto

Sinto cheiro de cinzas cada vez que respiro. Deve ser minha alma virando carvão, e meu coração formando brasas. A vida é agridoce, mas nos faz engolir porcarias como putas de quinta categoria, e o jeito é aceitar.

Meus pensamentos se acumulam e sujam minha mente, o corpo parece querer rachar.
Somos todos tão frágeis como asas de borboleta, e tão sujos como pérolas dadas aos porcos.
E ninguém nunca se importa, só a solidão, que nunca quer te abandonar.

Todo mundo se odeia, o mundo odeia.
O mundo se odeia, todo mundo te odeia.
E ninguém pode fazer porra nenhuma para melhorar isso.
Somos todos ossos, carne e fluidos.
Nosso corpo é uma jaula que só cabe um animal.
Nossa alma é uma jaula, mas que cabem muitos animais.

Quero viver apenas o necessário para ler os livros que eu quiser.

Preciso viver apenas o necessário para ler os livros que eu puder.

Nenhum comentário: